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CRÓNICA, 2ª
SEMANA DE JANEIRO
TEMÁTICA- HISTÓRIA
DA PALAVRA “KALENDAS”
kalendas:
Os meses
tinham, entre os Romanos, os mesmos nomes que têm agora entre nós. Note-se
contudo, que Julho e Agosto, à época
de Cesar Augusto se chamavam, quinto
ou sexto, porque na ordem numérica dos meses eram, respectivamente o
quinto e o sexto mês do ano, que principiava em Março.
A divisão
dos meses em semanas, começou entre os Romanos com o Cristianismo. Antes,
indicavam os dias do mês, partindo, em cada mês de três dias principais a que
chamavam, Kalendae, Nonae e Idus.
As Kalendae, eram o dia primeiro de cada mês, as Nonae,
eram o quinto dia, e os Idus, eram o décimo terceiro dia, com
excepção de quatro meses, Março, Maio, Julho e Outubro, em que as Nonae eram a 7, e
os
Idus a 15.
As kalendae, receberam este nome do verbo grego, (Kaléin)
que significa “chamar”, porque nos tempos da
república, no dia 1 de cada mês, dia em caía no princípio da lua nova, o povo
era convocado na Curia Calabra no Capitólio, onde, depois de feitos pelo “rex
sacrificulus”, os sacrifícios rituais, se anunciava o dia das Nonae, a fim de
que neste, o povo se reunisse de novo para ouvir em que dias, no decorrer do
mês, seriam de bom ou mau augúrio, quais os dias de festa e que jogos e festas
se haviam de celebrar.
Às Nonae,
chamaram-se assim porque entre elas e os Idus, havia sempre nove dias,
contando os dias das Nonae e dos Idus.
Os Idus
finalmente, no dizer de Varrão, receberam o nome de um verbo arcaico” iduo”,
que significa, ”dividir”, porque dividiam o mês em duas partes quase iguais.
Nos nossos
dias, a palavra Kalenda, foi traduzida por” Calandário”, termo que todos
conhecemos, e em que são também atribuídos os mesmos atributos de eventos de
variada natureza, incluindo os aniversários das pessoas, bem como de outros
eventos históricos e contemporâneos.
Janeiro de
2017- José Graça Gaipo