"A HISTÓRIA SÓ É ESCRITA PELOS VENCEDORES"
Eis os nossos homens recordados com todo o carinho neste artigo:
- Furriel Lázaro Martins Loureiro – chefe do serviço ( já falecido)
Mecânicos Auto
- 1º Cabo Domingos Manuel Paula Marçal
- Soldado Licínio Rosa Tomé – incontactável (alguém sabe dele?)
- Soldado António José Reis Caetano
Condutores Auto Rodas
- 1º Cabo Manuel Ribeiro Aparício – o farturas (já falecido)
- 1º Cabo Armando Fernandes Alves Sousa – monitor condutor
- Soldado Adelino Lopes Sentieiro
- Soldado José Ferreira Coelho
- Soldado António Maria da Silva Araújo – incontactável (alguém sabe dele?)
- Soldado Artur Pereira
- Soldado Abílio de Matos Freitas
- Soldado António Raul Pinto Silvano – já falecido
- Soldado Francisco Fernandes Benites
- Soldado Domingos de Sousa – já falecido
- Soldado Adelino Machado Coelho
- Soldado Marcolino do Nascimento Vila – incontactável (alguém sabe dele?)
- Soldado João Meireles Fraga – já falecido
- Soldado Manuel Ferreira da Silva
- Soldado Bona Baldé
Camarigos, é uma realidade que a nossa vida é feita de encontros e desencontros, de amores e desamores, felicidade e infelicidade, mas acima de tudo o que conta, é o tempo dessas vivências, que não é mais do que o espaço entre as nossas recordações. E disso hoje vamos falar e prestar uma justa homenagem a um punhado de homens de quem pouca gente fala e dá o devido valor aos serviços por eles efectuados, pois sem eles o que teria sido as nossas vidas por terras africanas. Estou a falar dos CONDUTORES AUTO RODAS (assim era denominada o nome da especialidade) e os MECÂNICOS AUTO que integraram a 1ª CART/BART 6523, os conhecidos LEÕES DE MADINA MANDINGA.
Há sempre a tendência de se falar e escrever de feitos e loas que as pessoas fizeram, é verdade, há verdadeiros heróis, que num dado momento e perante situações perigosas, conseguiram fazer coisas destemidas e das quais muitos lhe ficaram eternamente gratos, mas também há aqueles que pela sua especialidade, fizeram com que a guerra fosse um pouco suavizada com o seu empenho, generosidade, coragem.
Em cada coluna que se fazia, os rapazes da mecânica tinham sempre, com muito engenho e disponibilidade, as viaturas operacionais (as berliets e os unimogs) e os "rodinhas" lá nos levavam ora para as colunas de reabastecimento, ora para fazer Psico junto das populações percorrendo as várias tabancas, ora para comprar barras de gelo e levantar o correio em Nova Lamego. Por eles as noticias não nos faltavam e todos sabemos que se o corpo precisa de alimento, também a mente necessita de palavras de conforto e carinho para que o tempo e as saudades não batessem tão fortes.
Em cada coluna que se fazia, os rapazes da mecânica tinham sempre, com muito engenho e disponibilidade, as viaturas operacionais (as berliets e os unimogs) e os "rodinhas" lá nos levavam ora para as colunas de reabastecimento, ora para fazer Psico junto das populações percorrendo as várias tabancas, ora para comprar barras de gelo e levantar o correio em Nova Lamego. Por eles as noticias não nos faltavam e todos sabemos que se o corpo precisa de alimento, também a mente necessita de palavras de conforto e carinho para que o tempo e as saudades não batessem tão fortes.
Recordando uma coluna efectuada no dia 25 de Novembro de 1973, um Domingo, logo pela manhã (6 horas) saímos dois grupos de combate auto transportados, fazendo psico por várias tabancas da nossa área, por caminhos "picadas" difíceis e enlameados, estávamos ainda na época da chuva, uma das berliets ficou enterrada, tendo sido rebocada por outra e também com a ajuda de muita força muscular daquela juventude cheia de garra, conseguimos libertá-la daquele lamaçal, graças também à perspicácia dos bravos motoristas. Esta cena só originou um atraso de 2 horas pois tínhamos a chegada ao quartel prevista para o meio-dia e só cruzamos o arame farpado pelas 2 horas da tarde, tendo o almoço sido serviço já fora de horas.
Queremos deixar a todos os condutores que passaram pelo "Rebenta Minas", o nosso muito obrigado pela vossa coragem e valentia. Recordamos que o "rebenta minas" era uma berliet (a da imagem à esquerda) que abria a picada, normalmente só com o condutor e que na cabine transportava uma série de sacos de areia para fazer peso e assim suavizar os danos em caso de accionamento de alguma mina anti-carro.
Em tudo na vida há sempre historietas e não posso deixar de vos contar um episódio que fazendo parte da nossa história, é um facto verídico e que se vê o quanto marcou a nossa passagem por Madina. O protagonista deste feito é o nosso companheiro "rodinhas" o Coelho, natural de Viseu e que há uns tempos atrás se encontrou connosco num almoço e, palavra puxa palavra, diz ele que tem um amuleto desde os tempos da Guiné que não o vende por dinheiro algum. Ficamos interessados em saber que objecto de tanta estimação era esse, então diz ele que tem, desde que abandonamos Madina, uma "Chave Mestra" da ignição das Berliett e da qual postamos uma cópia para ser apreciada e recordada. Fiquei maravilhado com tal objecto, pois desconhecia que existia uma chave mestra para as viaturas.
Por isto se vê o quanto nos marcou a nossa vivência e o que me dá mais tristeza é que só comecemos a reparar que estamos a envelhecer, quando nos começarmos a lamentar em vez de sonharmos. Por isto tudo Camarigo, vamos sonhar, vamos viver, vamos recordar e contar histórias para que os vindouros sintam orgulho por aquilo que fizemos, pois o maior legado que lhes podemos deixar, é o exemplo das nossas vidas e o que passamos na nossa juventude é um bom exemplo de vida, de cidadania, de fraternidade, irmandade e camaradagem.
Por isto se vê o quanto nos marcou a nossa vivência e o que me dá mais tristeza é que só comecemos a reparar que estamos a envelhecer, quando nos começarmos a lamentar em vez de sonharmos. Por isto tudo Camarigo, vamos sonhar, vamos viver, vamos recordar e contar histórias para que os vindouros sintam orgulho por aquilo que fizemos, pois o maior legado que lhes podemos deixar, é o exemplo das nossas vidas e o que passamos na nossa juventude é um bom exemplo de vida, de cidadania, de fraternidade, irmandade e camaradagem.
Eis os nossos homens recordados com todo o carinho neste artigo:
- Furriel Lázaro Martins Loureiro – chefe do serviço ( já falecido)
Mecânicos Auto
- 1º Cabo Domingos Manuel Paula Marçal
- Soldado Licínio Rosa Tomé – incontactável (alguém sabe dele?)
- Soldado António José Reis Caetano
Condutores Auto Rodas
- 1º Cabo Manuel Ribeiro Aparício – o farturas (já falecido)
- 1º Cabo Armando Fernandes Alves Sousa – monitor condutor
- Soldado Adelino Lopes Sentieiro
- Soldado José Ferreira Coelho
- Soldado António Maria da Silva Araújo – incontactável (alguém sabe dele?)
- Soldado Artur Pereira
- Soldado Abílio de Matos Freitas
- Soldado António Raul Pinto Silvano – já falecido
- Soldado Francisco Fernandes Benites
- Soldado Domingos de Sousa – já falecido
- Soldado Adelino Machado Coelho
- Soldado Marcolino do Nascimento Vila – incontactável (alguém sabe dele?)
- Soldado João Meireles Fraga – já falecido
- Soldado Manuel Ferreira da Silva
- Soldado Bona Baldé
Por tudo, bem hajam e um forte abraço: Monteiro (Manhiça)
Queria agradecer do fundo do meu coração, estas palavras e de deixar-me cheia de orgulho do meu pai alem daquele que já tenho e com tantas saudades o recordo. OBRIGADA-Raquel Aparicio, filha de Manuel Ribeiro Aparicio- O Farturas ; )
ResponderEliminarSe tiverem histórias que possam partilhar ficaria muito grata. Atentamente:Raquel Aparicio
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