Os materiais que eram aplicados na construção e edificação de tais moradias, regiam-se pela mesma tipologia, blocos de adobe, caibros em madeira e coberturas de chapa de zinco (manga de ronco).
Os trabalhos eram efectuados, à vez, pelos vários pelotões que constituíam a companhia e eram acompanhados por um Furriel que fazia de capataz ou sub-empreiteiro.
Ainda hoje me interrogo o porquê de tantos atributos e regalias do Furriel Quinito. Penso que só lhe faltou ser comandante de companhia. Ele estava metido em tudo, excepto patrulhas, colunas, picadas e afins. Seria um ser Superior para ter tantos atributos? Não sei, mas cá para mim tudo se resumia ao Padrinho chamado "Ti Brito", que qual padrinho da máfia, tipo D.Corlleone que tudo dominava e tudo sabia. A sua rede de informadores era vasta e profícua. Infelizes os desventurados e desalinhados, pois tudo faziam e nada beneficiavam mas, haja Deus, tudo passou e não à ressentimentos mas apenas desabafos de uns velhos a quem já falta a Razão e só lhes sobra a Paixão.
Este condomínio de luxo foi muito importante para o construtor Quinas, pois ele mais do que todos, tinha grande satisfação ao admirar e ser elogiado pela obra dos outros, porque era mais fácil e cómodo essa admiração do que trabalhar. Ver era muito bom e isso ele sabia fazer, mas para nós simples terráqueos, comandados por forças tenebrosas e obscuras o trabalho, só por si, não mais era do que uma triste canção, o protesto do fraco contra o forte.
Debaixo de um sol abrasador, tudo aguentamos, pois só dos duros reza a história e tínhamos sempre presente o dever.
Muita coisa se passou, fizemos o que pudemos, ainda mais se falou, porque nos pediram e nós demos.
Esta foi uma das etapas da nossa saga por África em terras de Madina e que quer queiramos ou não, faz parte das nossa existência e tenhamos presente que : A VIDA É UMA VIAGEM POR MAR - HÁ DIAS DE CALMARIA E DIAS DE TEMPESTADE. O IMPORTANTE É SER O CAPITÃO DO NOSSO NAVIO.
Um forte abraço do Monteiro ( manhiça ).