No
tempo contemporâneo, do séc. XXI, é sempre saudável ver, ouvir, ler e admirar
temáticas que testemunham no presente, uma realidade vivida no passado.
A
construção dos vídeos, realizados a partir de fotografias a preto e a cores,
merecem uma cuidada e merecida atenção, não só pelo trabalho de reconstituição
de um passado, que no presente nos aviva a saudade dos tempos, relativo aos
anos de 1973/1974, mas também, pelo facto de alimentar a memória de cada um.
Ao
visionar o blogue, Leões de Madina Madina, foi para mim uma surpresa imensa,
rever e relembrar à minha memória, coisas e factos reais que, sem querermos,
passamos de imediato a um relato a dois, isto é, “a pessoa que visiona, e a
conversa/diálogo inesperado de inquiridor e de admiração”.
Neste
diálogo a dois “O Eu, visionador, e o vídeo”, coloca de imediato muitíssimas
coisas no nosso arquivo memorial, palavras e conversas que se prolongam num
infinito de páginas que merece a nossa história.
Não
pretendo comentar os vídeos já realizados, apenas dizer que, só o trabalho lá
colocado é um sinal de apreço de ver continuado um empenho do amigo Manuel
Monteiro, fazendo lembrar aos que visitam o blogue, que poderão enriquecê-lo
mais e melhor, contribuindo com algum material que tenham em registo
fotográfico, que na altura era considerado de foro pessoal, e que de momento poderiam a título de
devolução, mostrar e emprestar, aquilo que pode de alguma forma complementar o
trabalho do nosso historial.
Decerto
que, ao visionar, a nossa sensibilidade apela de imediato aos sons dos lugares,
tatuam a nossa memória de forma persistente.
Ainda,
precisamos de ver, para relembrar os lugares que pisamos, o chão térreo que
alimentou frondosos arvoredos que nos permitiram sentir no corpo e no espírito,
alguma frescura enquanto durava algum descanso apetecido, carregado de silêncio,
como era da praxe.
Os
cheiros, as paisagens dos mais variados verdes e tons quentes carregados de
humidade geográfica. Quem não os tem ainda?!........
Os
descampados de clareiras abertas, misturavam naturalmente as suas cores de
paisagens livres, mas perigosas às nossas vidas humanas.
A
camaradagem, que envolve os mais variados cenários, refletem naturalmente
alguma tranquilidade, enquanto descontraídos buscava-mos aquilo que era
necessário e importante para a sobrevivência diária. A busca e o corte da
lenha!... Quem não se lembra?!..
No
meio do mato, o silêncio, a composição das personagens em segurança, enquanto
outros, com plena confiança executavam com precaução as suas funções.
Na
segurança, os olhares mediam a ansiedade do tempo em terminar as tarefas.
Uma
visualização atenta nos vídeos em apreço, faz-nos descobrir tantas coisas que
andaram ocultas, e fora dos olhares, quiçá, o sentimento com que muitas
daquelas recordações foram realizadas para memória presente no passado, e no
presente, o passado revivido de forma atraente para recordar o nosso tempo
militar, que criou laços de amizade que hoje continuam retratados de memórias
que servirão de miragens e mensagens aos nossos filhos e suas gerações futuras.
Ao
amigo Manuel Monteiro, o meu reconhecido obrigado e apreço pelo trabalho
realizado, que é sempre um momento salutar à minha memória.
É
também, muitas vezes, um momento novo à minha sensibilidade, e naquele passado,
reconhecer um presente passado.
Obrigado
pelo trabalho já exposto, o qual é um contributo indispensável à memória
daqueles com quem convivemos durante algum tempo, mas que, o condicionamento de
tempo na altura, e de forma geral, não permitiu coisas melhores, um maior
conhecimento na relação interpessoal.
Um
Abraço amigo, José Graça Gaipo
Famalicão:
Janº 2015
Quero deixar um abraço ao Gaipo pelas palavras elogiosas que fez ao meu trabalho, mas isto não é mais do que o corolário daquilo que eu aprendi com todos vocês na nossa convivência em Madina assim como nos nossos convivios, e em especial contigo Gaipo, um abraço e obrigado,
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