quinta-feira, 11 de junho de 2015

A Festa do Reencontro - 2015


Eis-nos chegados ao dia que o tempo marcou com alguma ansiedade e desejo de presença em hora de festa. A festa foi organizada e está preparada, mas para que tudo se concretize, são necessárias três coisas ou condições para a celebrar com a maior alegria e juventude, independentemente da idade que reveste cada um dos presentes.
Há que aprender a conjugar três verbos: Preparar, Sair e (Re)encontrar.
Preparar, é uma atitude de firmeza que cada um ao longo do tempo do anúncio ou publicitação da festa, datada para 20 de Junho de 2015, se comprometeu, amadurecendo um visual, qual espelho, que reflecte a imagem visual da imaginária combinação das vestes com que mais se identifica e ajusta com a sua maneira de ser e de estar na vida.
Depois de bem vestido, perfumado, revê-se de novo ajeitando o corte especial de cabelo da época, e num ápice decidido afirma: - Sou eu. Estou pronto e em condições de partir para a grande festa do reencontro de amigos.
Sair, é o verbo que, na forma infinita, faz trilhar o caminho direccionado, mas que ainda necessita de confirmar as coordenadas, e por isso, olha o bolso da camisola ou casaco, confirma o bilhete e as comunicações que necessitará para confiadamente se aproximar da palavra dada, que numa disposição sorridente e alegre, abre o caminho do infinitivo para a forma finitiva de reencontrar, viver, participar e celebrar a festa.
(Re)encontrar, é o desejo de abraçar e olhar, falar, lembrar e recordar, os acontecimentos da primeira conjugação, para de seguida entrarmos na fase do dizer, ouvir, reencontrar para comemorar o acto de chegar em ares de festa.
Se reparamos na articulação dos verbos utilizados, tudo tem um começo na temática verbal de preparar, planear, e foi o que aconteceu connosco que, antes de partirmos para África, houve que preparar tudo e planear o que o infinito nos ocultou e reservou com as coordenadas de incertezas e dúvidas, que foi e era, o Voltar/Regressar, num verbo ou palavra, Sair, que não deu oportunidade de auscultação e opinião conjunta ou individual.
O desejo de, Sair, nas condições impostas e de obediência serva, nunca foi desejo que cada um de nós tivesse a ousadia de proclamar bem alto.
Agora, celebramos a vida e a alegria que, in illo tempore, foi ocultado, e Deus, melhor do que ninguém, soube dispor e inspirar alguém poder estar do nosso lado, sabendo ouvir os nossos lamentos interiores, olhando de frente os nossos desejos e aspirações, mas cumprindo na regra o mais elementar das nossas condições para que tudo resultasse em bom porto de chegada.
Esta pessoa tem um nome, que dadas as suas características humanísticas e de bom senso, foi capaz de conduzir todos os homens do seu comando. O seu nome nunca deverá ser apagado nem destituído de nossas memórias futuras enquanto vida tiver, para assim continuarmos a celebrar a nossa festa.
Sabem perfeitamente a quem me refiro e me revejo em cada dia da minha vida, embora na distância possa parecer por vezes esquecimento, mas não, mas que foi especial e importante para mim, e para cada um de nós, isto nunca esquecerei.
A festa está florida das mais singelas flores e cores que cada um soube trazer à nossa confraternização, e por isso, agradecer, é sempre uma atitude e meio de reconhecer o que fomos todos juntos.
Termino, dizendo: celebrai e brindai na maior alegria a festa da vida, gozai a esperança com o sorriso aberto e tranquilo que ainda nos resta.
Que a todos, a recompensa deste reencontro seja sempre um eterno merecimento, lembrando à nossa memória aqueles que, por motivos diversos, não dispuseram de tempo nem de meios para esta celebração festiva. Com gratidão, um obrigado no abraço de amizade.
José Graça Gaipo

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