7º DIA
IN MEMORIA
JOSÉ LUÍS B. RODRIGUES
Ex- Capitão Milº.do BART 6523
A chama da luz, no meio do indicativo
luto, deixa-nos a inquietude, e o pensamento voa na deriva em busca de coisas
mais positivas e diferentes, que não a morte, mas o rogo a Deus pedindo para
ele, o descanso eterno.
Fomos decerto surpreendidos, e
a palavra que abordamos ao ler o anúncio do falecimento do José Luís, quer nas redes sociais ou outros meio de comunicação, fez-nos
sofrer no lamento que tira a respiração, roubando-nos a saudade, deixando-nos
presos, apáticos, sem voz, sem poder sequer questionar o que quer que seja,
porque a voz emudeceu parada num abrir de boca.
Lembrar a memória do 7º dia do
seu falecimento, é motivo dos crentes ou não, invocarem as palavras do hino,
morada eterna do Altíssimo-
Hino
Morada eterna do Altíssimo, celeste Jerusalém, eu te saúdo desde hoje, sou
peregrino do Bem.
Sê repouso da minha alma, alento do viador; Abranda-me o caminhar, nas
sendas da humana dor.
Sentinela que vigias, da noite o lento vagar, já descobres no horizonte, que
vem a aurora a raiar.
Mostrai, Senhor, vosso rosto, salvai-me da escuridão, e sede a imagem do
Pai, no meu rosto de cristão.
Luz do céu pelo deserto, e maná da minha fome. Vinde, lume verdadeiro, tesouro
que não tem nome.
Da luz que na alma acendeste, nunca o mundo me desarme que eu quero ao
findar da vida,
Na luz da glória abrasar-me.
A luz que em mim acendeste, jamais
deixe de brilhar, que eu quero ao findar da vida, Na luz da Glória cantar,
porque o Senhor, é o oleiro da vida, e molda a lamparina para receber e
alimentar a chama da vida eterna.
O Senhor Deus, formou o
homem do pó da terra, e nas narinas, soprou-lhe a vida, e o homem passou a ser
alma vivente (Gn 2:7).
O Senhor Deus, conhece bem a
estrutura humana, e sabe bem que somos pó. (Salmos 103:14)
Neste versículo, vemos um
Deus criador, conhecedor da estrutura de toda a sua criação, formando de
algo aparentemente sem valor, para algo de útil, para
sua glória.
Depois de moldado e formado do pó da terra, o Senhor Deus colocou o homem no jardim, para servir, ou seja, lavrar e o guardar (Gn 2:15,16).
Depois de moldado e formado do pó da terra, o Senhor Deus colocou o homem no jardim, para servir, ou seja, lavrar e o guardar (Gn 2:15,16).
Mas esse jardim, foi o
tesouro em vasos de barro, para mostrar que o poder que a tudo excede, provém
de Deus, e não de nós criaturas.
O Senhor Deus, é o Oleiro de
toda a criação da vida e da luz salvífica, por isso, é o Senhor da vida e da
morte, de quem todo o homem vem, a quem todo o homem vai.
Na sua morada do Altíssimo,
acolhe na tua casa os que se foram de nós arrancados deste mundo, para
responder à tua voz.
A nós, que andamos em falsa
vida enredados, concede-nos a graça e a contrição dos pecados, para que todos
juntos, saboreemos o mesmo Pão, sentados à mesma mesa.
Que este seja um momento, em
que as nossas petições como oferendas espirituais, sejam purificadas dos nossos
pecados sociais de uns com os outros, para que, com dignidade, serem elevadas à
memória daquele, que foi um pioneiro peregrino na condução da vida de homens em
situações hostis.
A ele, José Luís Borges Rodrigues, o nosso grande e reconhecido
agradecimento, por fazer de nós verdadeiros homens companheiros de viagens
incertas e de perigos humanos, onde se cruzaram e cruzam actualmente as
amizades que lhe são eternamente reconhecidas.
Que do alto dos céus, e
junto de Deus, ele nos veja a todos, e decerto que o dia 22 de Junho, será um
motivo forte e muito especial. Mas, o segredo daquele dia, ninguém dirá nada,
porque a voz ficará demorada e trémula em invocar o que quer que seja. A eterna
saudade, ficará em nossas memórias.
UMA PAZ ETERNA À SUA ALMA.
José Graça Gaipo
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