domingo, 29 de dezembro de 2013

FELIZ ANO 2014

Camarigos de Madina:
Faço votos para que o ano que ora entra (2014), vos traga toda a felicidade do mundo e que todos os dias sejam pontilhados de coisas boas e que vos façam felizes, pois vocês Camarigos de Madina, sois daquelas pessoas que, quem vos conhece, deve sentir-se afortunada só pelo simples facto de vos conhecer.
Camarigos, vamos ter Fé e Esperança, para que a tristeza do ano que finda e o medo do ano que agora vai começar, não nos estrague a alegria do presente.
LEMBREM-SE QUE POR MUITO FRIO QUE SEJA O INVERNO, A PRIMAVERA VEM SEMPRE A SEGUIR.

Peço a Deus que na Sua infinita sabedoria nos indique o caminho da bondade, da sabedoria, da esperança, da serenidade, da paz e que dê a Sua bênção à família de Madina.
Fiquem bem, um bem hajam
Bom ano
Monteiro (Manhiça)

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

                         SANTO E FELIZ NATAL 2013

Camarigos de Madina; nesta quadra natalícia que estamos a passar, não podia deixar de pensar em vós e em todos os Natais que tive a alegria e o privilégio de desfrutar convosco, OBRIGADO.
Camarigos, vamos fazer mais alegre o Natal de alguém que necessite de algo que a vida não lhe deu porque, dizia Santo Agostinho: DÁ SE PUDERES; SE NÃO PUDERES SÊ AFÁVEL. Pois temos de ter presente que "POR MAIS LONGA QUE SEJA A NOITE, O SOL VOLTA SEMPRE A BRILHAR".
Amigos de Madina, desejo que a bênção do Senhor se abata sobre os vossos lares e as vossas famílias, porque onde existe o amor de Deus, tudo permanece em harmonia.
Faço votos para que tenhais um Santo Natal, que tudo de bom vos aconteça, que alcanceis tudo o que ansiais e que o ano que ora se aproxima, seja repleto de coisas boas que vos façam felizes.
Num momento de saudade e recolhimento, tenhamos um pensamento para com os familiares, amigos e Camarigos que já partiram, rogando ao Senhor que lhes dê o eterno descanso e que a chama eterna os ilumine por todo o sempre, pois temos de convir que A VIDA SERIA MAIS VIVA, SE A VIVÊSSEMOS COM OS QUE JÁ PARTIRAM.
Um bem hajam, sejam felizes e um até sempre.
Monteiro (Manhiça)

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Mensagem de Natal 2013


O Advento, é o tempo em que a linguagem do homem se faz silêncio, mas que fala forte através do círculo, da Luz, das cores e de gestos.
Na atitude de espera vigilante, somos interpelados a fortalecer a esperança e assumir a história de forma diferente, e proclamar com actos e palavras, que a vida é mais forte.
Neste tempo tão próprio e oportuno em todos os quadrantes do universo, em que as pessoas, como costume tradicional, saúdam verbalmente ou por escrito os votos e desejos de Boas Festas e Feliz Ano Novo.
As saudações Natalícias, são as palavras mais cordiais que alguém profere, porque alegram e enchem os corações dos homens.
O Natal aproxima-se, e com ele, as famílias preparam-se, recreando os mais belos decores da casa e da sua mesa com a simbólica coroa de natal, cheia de verdes, centrando nela, a chama da Grande Luz, que a festiva Noite de Natal a todos traz.
Na sua singela coroa sem começo e sem fim, transporta a circularidade como ligação à perfeição, daí que o redondo cria harmonia, junta, une.
Lembra ainda, que somos integrantes de um mundo circular, onde o processo do universo e da vida, é cíclico:
o círculo do ano, do tempo, o ir e vir da história, 
sempre marcado pela presença daquele que, é a Luz do Mundo.
Que neste natal, as famílias sejam iluminadas não só pelas cores das lâmpadas, das velas, do matiz das luzes acesas, e das melodias musicais da época, mas saibam também recrear o espaço do calor humano.
Que Deus Menino, faça crescer em cada um de nós e nas famílias, um espirito de Natal, carregado de gestos de amor humano e cristão.
Que Deus Menino, a todos abençoe na Paz, na saúde e na alegria, e que a felicidade natalícia sorria num tom de festa.
Um feliz Natal, e que o Novo Ano 2014 seja diferente, trazendo-vos as maiores bênçãos Divinas.
A todos os Madina Mandinga, Votos de Feliz Natal, e Ano Novo repleto das maiores e mais desejadas prendas natalícias.
Um abraço natalício a todos.
Jose Graça Gaipo

domingo, 24 de novembro de 2013

FALAR A UM AMIGO

Diz o ditado "NÃO PODEMOS DEIXAR CRESCER AS ERVAS NO CAMINHO QUE NOS LEVA A CASA DE UM AMIGO - eles são familiares que nós escolhemos".
Camarigos de Madina, irmãos, perguntam vocês; porquê este começo? O "Manhiça" está a ficar "XONÉ"?
Não, não estou, mas há momentos em que penso o quanto será, ou melhor é penoso para alguns companheiros estarem sós. A SOLIDÃO É UM PRAZER QUANDO É UMA ESCOLHA; MAS A SOLIDÃO É UM TORMENTO QUANDO NOS É IMPOSTA. 
Camarigos, pensando nisto de vez em quando, pego no telefone e dou uma palavra a um amigo, a um companheiro, a um Camarigo, enfim a um IRMÃO, e digo-vos, sabe bem ouvir e ser ouvido por uma voz Amiga, porque no desenvolver da conversa, onde se fala de tudo, vem sempre ao de cima a nossa amizade.
Ainda esta semana, peguei no telefone e marquei o número de um amigo nosso, que por várias vicissitudes da vida é um homem só e senti o quanto nos fez bem falarmos. Foi um momento de reencontro e de alegria os 15 minutos de conversa. Falamos de tudo, dos tempos idos, pois quando dois ou mais ex-combatentes se encontram vem sempre à conversa os tempos que passamos no Ultramar. As recordações desfiaram como contas de um rosário, falamos do presente e deixamos em aberto tudo, pois o futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos.
Camarigos de Madina, se é FÁCIL RECEBER, DIFÍCIL É DAR, por isso mesmo, vamos dar um pouco de solidariedade e conversar com um amigo de Madina sempre que seja mais oportuno, pois temos de demonstrar-lhe o quanto ele é importante para nós, e com este gesto FAZER MAIS COM MENOS. 
Camarigos de Madina, temos de nos interessar pelos nossos amigos, cultivar a amizade, pois é um sentimento que é como o café UMA VEZ FRIO, NUNCA VOLTA AO SABOR ORIGINAL, MESMO AQUECIDO. 
Amigos, falem, sejam presentes, até porque estamos naquela fase em que SE TEM MAIS ALEGRIA DO PASSADO DO QUE PELO FUTURO. Já ficou para trás a fase da loucura que foi a nossa juventude, já também passou a época da maturidade que era uma luta, agora é a fase em que temos de ser felizes, mesmo que tenhamos de fazer de cada momento um momento especial. Camaradas de Madina, são estes estados de espírito que me fazem passar para o Blog o que me vai na alma, pois TODA A RECORDAÇÃO É MELANCÓLICA, MAS EM CONTRAPARTIDA TODA A ESPERANÇA É ALEGRE, e como tal aguardo e sei que a vossa resposta será presente, tal como é apanágio da 1ªCart/Bart6523. 
Vamos apoiar o colega e camarada, porque VIVER É A ARTE DE SORRIR QUANDO A VIDA NOS DIZ NÃO. Até mais, fiquem bem e um bem hajam.
Monteiro (Manhiça).

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Pensamentos

Aos Camarigos de Madina:
Mais um momento de melancolia nesta manhã com um sol outonal, mas lindo e quente. Da minha janela, vejo o amarelo/castanho das folhas que se vão desligando da mãe árvore, seguindo o ciclo biológico da natureza, deixando atrás de si um rasto de beleza e tristeza pelo desnudar de tão frondosas árvores. É a vida e como tal dou comigo a recordar os momentos de nostalgia e saudade que tão longe dos nossos ente queridos passamos.
É costume dizer-se que as saudades são as memórias dos nossos corações, e é verdade, pois quando nos assaltam as saudades, vem um não sei o quê do coração que nos deixa eufóricos quando são de esperança, tristes quando sabemos que já não voltam, ansiosos quando sabemos que eles chegarão.
São sentimentos destes que me invadem quando recordo Madina e tudo de bom e mau que lá passamos, mas que com a força da nossa juventude lá ultrapassamos todos esses momentos.
Para mim e para todos, o tempo lá passado, foi um marco nas nossas vidas, pois aprendemos a crescer e a sermos homens e, acima de tudo, aprendemos a criar uma amizade que vai perdurar para  todo o sempre, pois a amizade do Combatente é forjada na temperança, do querer, do saber, da alegria, da tristeza, do medo e da honra, e é essa amizade que não me canso de dar loas ao mundo, pois todos vocês constituem a grande família que eu quis, "porque um irmão pode ser não ser um amigo, mas um amigo será sempre um irmão" (Benjamim Franklim).
Camarigos, é sempre reconfortante passar para o papel, as nossas vivências por terras africanas, puxar a cassete atrás e vivermos o que já vivemos, isto é vida, recordar as histórias que vivemos, episódios grotescos e hilariantes, que só a juventude nos permitia fazê-los e vive-los.
As noites de luar, passadas junto à vala, onde se falava de tudo e como tal, vinha sempre à baila as namoradas, os filhos, as mulheres, os pais, a ausência da festa de anos, a festa da aldeia, o Natal que seria passado no aconchego da nossa casa, enfim eram daqueles momentos em que, como diz o ditado - se à noite chorares pelo sol, não verás a beleza das estrelas - e por isso muitas das  vezes o nosso choro foi no seio do nosso quarto, no espaço da nossa cama com o conforto do camarigo mais próximo o qual tudo nos aturava e nada pedia em troca. Por isso e não só mas também eu lhes digo que o tempo vai, só não leva o que a mente guarda, vou lembrar os vossos sorrisos para sempre.
E agora Camarigo de Madina meu irmão, por ser tão sublime vou ouvir o barulho do silêncio e recordar mais...
Fiquem bem, um abraço
Monteiro (Manhiça)

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Homenagem aos Combatentes do Ultramar

 A Freguesia de Avintes, no Concelho de Vila Nova de Gaia, reconheceu publicamente o feito dos seus militares que nas décadas de sessenta e setenta combateram nos territórios ultramarinos. 
Num espaço bem bonito e amplo  da Vila de Avintes foi inaugurado, no dia 14 de Setembro de 2013, o Monumento ao Combatente.
Após uma longa batalha de muito trabalho e canseiras os Avintenses não desistiram e, depois de algum tempo, conseguiram levantar este belíssimo mural que ficará para memória futura.

Neste esforço colectivo dos habitantes de Avintes é digno realçar o nosso camarigo Monteiro (Manhiça) que acompanhou todo o projecto e não se poupou em angariar fundos andando de porta em porta.  

Vêmo-lo todo vaidoso junto do seu monumento assim como todos os ex.combatentes de Avintes que de hoje em diante podem contemplar esta obra que honra e dignifica o serviço prestado à Pátria.
Este muro, feito de cubos de granito, foi o escudo das balas do inimigo e protetor de todos os perigos. Apesar deste abrigo mesmo assim houve 10 jovens Avintenses que caíram por terra. Daí os buracos que se observam no mural e cujos blocos se encontram prostrados por terra. Em cada um desses dez cubos está inscrito o nome, a data e a província de cada combatente falecido. 

Aos nossos amigos de Madina Mandinga que cruzarem estas terras de Vila Nova de Gaia  e a Freguesia de Avintes  parem por uns instantes junto deste monumento. Ele também é um pouco nosso.
Quanto à sua localização fica próximo da entrada do Parque Biológico de Gaia e da Associação Cultral e Musical de Avintes "ACMA".

Parabéns a todos os Avintenses e seus Combatentes e ao nosso amigo e preserverante Monteiro.
António Costa 

sábado, 14 de setembro de 2013

ReCoRdAr

Camarigos de Madina.
Faz hoje precisamente, mais minuto menos minuto, que há 40 anos estávamos a "embrulhar". Tivemos o nosso baptismo de fogo, a visita dos "turras", os combatentes do PAIGC.
O silêncio pairava entre nós, os pensamentos eram dirigidos para os que nos eram mais queridos. Quantos de nós murmurava em surdina o nome da nossa amada,recordávamos todas as letras que tinham sido escritas pelas pessoas que povoavam os nossos pensamentos e sentimentos. Era o convívio de junto à vala aguardarmos com serenidade o passar das horas.
Então o momento mais temido e esperado explode qual cão raivoso que se atira à presa indefesa, o matraquear infernal da "costureirinha" a rebentar com os nossos ouvidos, as balas tracejantes que no seu caminho vertiginoso pintavam o negrume da noite africana com a sua cor vermelha, o ribombar dos temíveis RPGs 7 que rebentavam felizmente lá longe.
Momentos de aflição, momentos de angústia, coragem e valor, mas porque não dizer, algum medo.
Passados minutos e depois da grande resposta de todos, o silêncio e a ansiedade para que não houvesse nada de grave o que felizmente aconteceu, salvo umas pequenas escoriações e pisadelas. Tudo passou e foi um pesadelo que foi ultrapassado com toda a bravura.
Para recordar, fiquem bem
Um bem hajam e até sempre.
Monteiro ( Manhiça ).

terça-feira, 16 de julho de 2013

SUGESTÕES DE ARTIGOS P/ O BLOGUE


Acabo de ler o artigo do Camarigo Monteiro sobre o encontro convívio de 2013. No final ele faz um apelo à leitura mais assídua do blogue, solicitando também mais documentação, fotos e outras coisas que poderão enriquecer o nosso blogue, para que num futuro  in  tempore, seja lido e apreciado pelos netos e outras gerações.
Nos meus escritos e nas nossas conversas tenho dito tanta coisa, contribuído com ideias, mas até ao momento nada se vê, da parte dos leitores que frequentam o nosso blogue.
Já tenho em alinhamento, o levantamento do dia-a-dia de Madina, mas parece-me que não tem qualquer valia, pois as pessoas não se manifestam, não são capazes de fazerem um  comentário casuístico ou de causa.
Reler os nossos jornais, é bom mas não chega, porque aquilo apenas foi uma forma de registo ou arquivo  o qual ficou incompleto dadas as razões do pós 25 de Abril de 1974. Na altura estávamos muito limitados às informações, às notícias e outros meios de comunicação.
Por isso, agora eu fazia um apelo como o já fiz há tempos atrás, que escrevêssemos as nossas memórias e outras situações que possam merecer num futuro algum interesse  como complemento das vivências na época da guerra colonial, as dificuldades de comunicações, de relações populacionais, etc, etc, etc.
Tencionava, que todos contassem Madina Mandiga, Dara, Nova Lamego, Cumuré, Bissau, os dias no navio Niassa, etc. etc., mas ninguém se digna pintar em escrita aqueles cenários que são o inicio da nossa história.
Descrever as visitas às comunidades populacionais locais, apontando as razões e motivos de tais contactos, o que se trazia em troca dos diálogos, que tipos de diálogos, com quem eram chamados ao diálogo, etc.
Não poderão os nossos netos ou gerações futuras perceber o que fomos, e  o que fizemos,  nem entender o porquê das razões do que fomos e fizemos, se não tivermos  em escrito o  início da nossa história.
É minha intenção propor aos amigos Costa e Monteiro que no próximo ano, fosse compilado um pequeno volume em que lá estivessem  escritas ou contadas  e dividido por capítulos, o mais resumido possível, as partes mais interessantes da nossa história, de peripécias acontecidas, algumas cenas caricatas que merecem ser recordadas, algumas ementas de refeições, as visitas a Nova Lamego e  suas pequenas histórias acontecidas etc, etc.
Há coisas já solicitadas como as entrevistas, os inquéritos sobre algumas situações, mas nada se vê nem se ouve. Estamos limitados a escritos de alguns artigos esporádicos, de informações, de relatos de convívios. Tudo isso é bom mas continua a ser muito pouco. Sei que nem todos estão disponíveis, mas tirar um pouco do nosso lazer para este fim, não é pedir muito.
Um abraço amigo, José Graça Gaipo

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Convívio 2013-Intervenção do Camarigo Monteiro

Caros Companheiros; Capitão; minhas Senhoras; Srs. Convidados.
Cá estamos mais um ano, com a graça de Deus, na festa da Família de Madina, para conviver e recordar toda a nossa vivência por terras africanas. É costume dizer-se que a SAUDADE É A MEMÓRIA DO NOSSO CORAÇÃO, o que para nós é uma verdade indesmentível, porque as nossas festas/convívios, são para extravasarmos a alegria e emoção de mais um ano que passou e relembrarmos com saudade a nossa juventude, pois ela foi feita de coisas boas e de muitas tolices.
Ao recordarmos essa juventude, não ficamos atormentados por tudo de bom ou de mau que fizemos. Ficamos, sim, tristes por não termos idade para as podermos fazer de novo, pois mesmo não tendo idade, temos vida, e agora em que estamos a sair daquela fase da vida chamada VELHICE DOS NOVOS e entramos na JUVENTUDE DOS VELHOS, sentimos mais o tempo a passar, mas ficamos com a certeza que AMIGOS COMO VOCÊS, SE SÃO DIFÍCEIS DE ENCONTRAR, MAIS DIFÍCEIS SÃO DE ESQUECER.
Camarigos, como é bom estarmos reunidos e sentir esta energia positiva de alegria e amizade.
Companheiros, ao alinhavar este pequeno texto e para o qual tento passar o que me vai na alma e no coração, dou por mim a desfolhar jornais editados na nossa 1ªBart (editor e redactor Zé Gaipo) e reparo nos escritos do nosso Capitão Zé Luís, datados de 1973, os quais já eram uma premunição do que seria a nossa família de Madina, senão vejamos (com a devida vénia passo a ler): "NESTA MEDITAÇÃO DE UMA NOITE BEM IGUAL À DE TANTAS OUTRAS, HÁ UM LUGAR MUITO ESPECIAL RESERVADO A TODOS AQUELES QUE EM NOSSO REDOR FORMAM EM TÃO BOA HORA A CHAMADA 1ªCART." (Cap.Mil. Zé Luís - jornal de Madina de 73) .
Outro escrito: "QUANDO REGRESSARMOS À METRÓPOLE E CADA UM SEGUIR PARA O SEU LADO, LEVAREMOS NO CORAÇÃO UMA SÃ CAMARADAGEM, UMA AMIZADE QUE NÃO SE EXTINGUIRÁ, A RECORDAÇÃO DOS MOMENTOS BONS E MAUS QUE PASSAMOS JUNTOS". (Cap.Mil: Zé Luis - Jornal de Madina 73) .
Hoje passados 40 anos, ou prestes a faze-los, é com alegria que constato o quanto foram certeiros os escritos do nosso Capitão.
Camarigos, este convívio que ora vivemos, é o corolário de um ano cheio de trabalho e canseiras, reuniões e discussões, pois não imaginais o que é aturar o chefe Costa, nunca está tudo bem, falta sempre alguma coisa. Tenho de o aturar, pois estou convencido que é o meu KARMA. (mas também não sou fácil de aturar).
Amigos, mais uma vez vou voltar a falar do nosso Blog. Felizmente reparo que já temos companheiros que nos lêem e visitam com alguma regularidade, mas nós gostávamos que fossem mais participativos e intervenientes (felizmente o Zé Gaipo despertou e começou a presentear-nos com as suas sempre belas prosas). Apelo ás pessoas que escrevam pois nós postaremos tudo e continuem a mandar fotos.
Sei que baixinho me estais a mandar calar, (o respeitinho é muito bonito) mas sabeis que há coisas que podemos melhorar e eu, nós queremos, vamos ser diferentes, para que o nosso blog seja um marco e que tenha um lugar em memórias futuras, para que os nossos netos tenham ainda mais vaidade nos avós. Eu, pela minha parte, logo que eles saibam ler, este blog será um manancial de informação e inspiração, onde eles saberão que o avô fez parte de uma Companhia constituída por heróis e que essa companhia foi, é e será a 1ª Cart do Bart 6523. VIVA A 1ª CART. Fiquem bem e até para o ano.
Monteiro ( Manhiça )

sábado, 29 de junho de 2013

CONVÍVIO 2013

                                         VISEU - QUINTA DOS COMPADRES
Camarigos, decorreu hoje dia 29 de Junho o convívio da nossa 1ª Car / Bart 6523, o qual, e como é apanágio da nossa família, decorreu ao melhor estilo dos "LEÕES DE MADINA MANDINGA".
Foram muitos os Irmãos que compareceram e disseram presente, o que é motivo de satisfação e orgulho porque vemos recompensados todos os cansaços que temos ao longo do ano para que tudo esteja nos conformes a que já todos estamos habituados.
Muito se conviveu e conversou, também se comeu e bebeu, tudo dentro das boas maneiras, até porque estavam presentes muitos familiares dos militares de Madina  ««e o respeitinho é muito bonito»».
Demos as boas vindas a companheiros que vieram pela 1ª vez, e que por vários motivos nunca tinham estado nos nossos convívios.
Amigos, por hoje é apenas um pequeno apontamento e uma foto do grupo todo, incluindo os nossos familiares.
Nos próximos dias iremos postando mais fotos e artigos. Até lá fiquem bem. Monteiro (Manhiça)

sábado, 15 de junho de 2013

Tachegar!

Olá Camarigos.
Está tudo bem disposto, com o aproximar do n/ encontro?
Vamos então deixar as lamentações para mais adiante, não dar boleia à crise, pensar na "trinka" e não na troika, preparar aquele abraço que tão bem sabe após um ano de ausência.
Ao meu amigo Patrício vou pedir, que fales com os compadres da tua terra, para arranjarem um "xaropito" que tomado ao fim da tarde, à noite faz muito bem!!!
Um abração do enfº Freitas

quinta-feira, 6 de junho de 2013

MOBILIZAÇÃO GERAL

CAMARIGOS DE MADINA, familiares!
O dia aproxima-se e cá estou eu, qual pregador, a dizer-vos, de modo especial às Camarigas de Madina, que não deixem passar a data do dia 29 de Junho, dia do nosso grande encontro, para lembrarem a esses "velhos" que têm de vir ao almoço. Sei que muitos deles vão argumentar que já não têm validade para comer ou passear, mas vocês, digam-lhes que eles ainda são jovens e que o prazo de validade foi renovado, as artroses e bicos de papagaio, vão logo passar, «uma mentira dita várias vezes passa a ser verdade».
Camarigos, o Costa (patrão), eu e mais alguns, andamos um ano inteiro a pensar no nosso encontro e a tentar fazer sempre melhor e mais barato,  sempre à cata de ideias. Enfim numa correria que só na nossa juventude é que fazíamos igual, pois nessa altura, tal como agora, vivíamos com a mesma alegria, saudade, carinho, emoção, sentimentos que são dispensados aos nossos familiares e que agora são dedicados há familia de Madina.
Camarigos, sei que não está fácil, mas nós HOMENS DE MADINA sempre soubemos fazer do POUCO MUITO, e por isso mesmo os nossos encontros tem sida francamente positivos. Podíamos ter mais Camarigos? Podíamos. Queríamos mais familiares? Queríamos - mas a vida é mesmo isto. Camarigos, façam um esforço para estarem presentes porque par

a nós e de certeza para os demais companheiros, é nestes encontros que nós nos apercebemos que a vida é para ser vivida com as pessoas que nos são queridas, e não digam que é longe, porque para essa lenga lenga, temos o exemplo do grande Simão que vem de Mora, (sai dois dias antes, é alentejano ) e o Inácio que vem lá dos confins do Algarve.
Camarigos, tenham presente no vosso espírito que por mais longo que seja o caminho, para nos encontrarmos com os amigos nunca é longe de mais.
Um abraço do Monteiro ( Manhiça )

sábado, 25 de maio de 2013

Boleia

Caros amigos, Camarigos; ontem recebi um telefonema do nosso Capitão Zé Luis no qual ele me dizia que esta semana recebeu a visita do Pedro, o ex.FurMil. Ele ficou admirado mas o Pedro foi-lhe comunicar que gostava de comparecer ao nosso convívio que vai realizar-se no próximo mês de Junho em Viseu, na Quinta dos Compadres, restaurante que nos trás boas recordações. Gostava que lhe dessem boleia. Ele vive agora em S. Martinho do Porto. Camarigos, gostava que se algum de vós tem possibilidades de o apanhar que me comunique, pois é um Camarigo que tem vontade de vir e não podemos deixar que esse seu desejo não se realize. Desde já agradeço a boa vontade de qualquer Camarigo que se disponibilize. Um abraço do Camarigo Monteiro (Manhiça).

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A Guiné-Bissau em vez do Algarve

(artigo publicado na revista mensal da Ordem dos Médicos de Março de 2013)
Três jovens médicos decidiram trocar os prometidos e merecidos dias de lazer no agradável e apetecido Algarve por um trabalho de voluntariado na quase desconhecida Guiné-Bissau, onde a democracia custa a enraizar.
No Verão de 2012 resolvemos dar as mãos e o nosso saber a quem precisa e nada tem, acalentando a esperança que o nosso modesto exemplo possa vir a contagiar outros agentes de saúde em Portugal.
A Guiné-Bissau é um pequeno país da costa ocidental africana, com uma área geográfica do tamanho aproximado da região norte de Portugal.
Rodeado de países francófonos adoptou a língua portuguesa, testemunho duma convivência secular que, apesar das guerras pela independência, geraram também um clima de fraternidade que todos devemos zelar e recriar.
Coexistem ali mais de 28 etnias de características morfológicas, cultura, religião e línguas diferentes, somando uma população de 1,5 milhões de pessoas mais concentrados nas maiores cidades.
Do programa organizado e dado a conhecer previamente ao Senhor Ministro da Saúde da Guiné-Bissau, constava a passagem pelos hospitais da capital, participar nos trabalhos quotidianos de consulta, visita a enfermarias, cuidados assistenciais de pequena cirurgia e ainda uma visita ao interior do país, não como mera curiosidade, mas sobretudo para ficar com uma ideia das conhecidas limitações de recursos humanos e tecnologia que tanto contribuem para o sofrimento das populações.
A saída de Lisboa verificou-se na noite de 23 de Novembro, num voo tranquilo da nossa TAP e que cerca de 4 horas depois nos deixou no aeroporto Osvaldo Vieira (Bissalanca), uma realidade bem diferente daquela que havíamos deixado no aeroporto de Lisboa.
Ficamos hospedados na Casa Emanuel, uma missão bem conhecida e respeitada pelo notável trabalho que desde há muitos anos vem prestando à população guineense, especialmente às crianças. Na realidade são mais de 150 crianças que nesta prestigiada instituição são acolhidas, educadas e assistidas nos seus problemas de saúde, aptas a enfrentar o futuro.
A energia eléctrica, o principal problema do país, é aqui fornecida por geradores e mesmo assim subutilizada para serviços não públicos.
A convite do colega, Dr. Luís Gonçalves, distinto oftalmologista do Hospital de Guimarães, que tem prestado um excelente serviço às populações, no campo do despiste e tratamento incluindo cirurgias, visitamos demoradamente o Hospital de Cumura e uma pequena comunidade em tratamento da doença de Hansen.
Deslocámo-nos ao interior, visitando a cidade de Bafatá e Gabú (antiga Nova Lamego), onde o panorama assistencial tem muitas e manifestas limitações, apesar da presença de alguns agentes de saúde portugueses e do apoio de organizações não-governamentais que neste país desenvolvem uma acção meritória.
Nesta região e durante três dias, fizemos consultas e prestamos os cuidados médicos possíveis aos residentes, na Tabanca Cruzante, muito próximo de Quebo, na fronteira com a Guiné Conacri.
Por último, visitamos uma das ilhas do deslumbrante arquipélago dos Bijagós, onde soubemos que não recebiam qualquer visita médica há mais de um ano. De facto as populações da ilha de Uno receberam-nos com grande entusiasmo e o acolhimento foi caloroso, o que ficou bem traduzido nas palavras que a responsável política local nos dirigiu. Ouvimos atentamente e assistimos o maior número de pessoas que nos foi possível, distribuímos medicamentos e fizemos algumas ofertas de roupa para crianças, sendo certo que tudo isto nos deixou marcas inesquecíveis.   
No rescaldo desta visita, quando nos reunimos para analisar os frutos do nosso trabalho, foi opinião unânime que tinha valido a pena. Acima de tudo, soubemos ser solidários com gente necessitada, repartimos os bens que previamente havíamos reunido e ficámos com a certeza de que o peso do passado de convivência histórico e o facto de falarmos a mesma língua nos remete para a obrigação de alargarmos e aprofundarmos a cooperação com este país de gente boa e simpática.
Artigo transcrito por António Costa, filho.