Caros amigos
Recordar no presente ano de 2014, os
factos e acontecimentos ocorridos no decurso de 40 anos, é um longo caminho, em
que a linha do horizonte das nossas memórias, nunca esquecerá.
Lentamente o sol se apaga nos
campos, montes e mares, mas deixa-nos a promessa de renascer cada dia.
Nestes tempos de crise, de
dificuldades de ordem vária, a divina providência que tanto regula as sombras
como a luz dos tempos vários, decerto que, nos encherá a todos e cada um em
particular, com a luz da fé e da esperança de tempos melhores, onde a esperança
brilhará como sol infinito do espaço.
A nossa festa, é sempre um tempo
novo, onde cada um espelha no presente, o passado, e ele ”passado”, é uma
página do nosso ser pessoal, é um rosto que vai amadurecendo a visão dos nossos
sentimentos e afectos que foram escritos em tempos vários.
A nossa festa, é um colar de 40
pedras preciosas, pintadas da forma e cor que cada um desenhou no seu
imaginário. Cada pedra tem um tom e uma sonoridade tímbrica especial, que o
coração depositou para a sua conjectura final.
Que este colar, continue o ciclo da
vida, da alegria e da amizade fraterna que depositamos em cada um, que são os
outros, que formam o nosso círculo.
Que o tempo não empobreça nem apague
com a sua sombra, o resto do calor solar que sobra ao nosso número.
Aos que já partiram, faz longo
tempo, para a ala da paz, não esqueçamos um momento de silêncio em memória
daquele que nos deixou recentemente, tendo na certeza da fé que cada um foi
instruído, acreditar que ele “Tio Brito”, também estará a regozijar, este
momento tão especial. Que a alegria dele, a sua disposição, permaneça sempre
viva no grupo que, hoje celebra mais um encontro com o número que somos e
estamos no presente.
Invocar a nossa atitude de crentes e
das nossas personalidades, é tempo de recordar e de afirmar que antes do 25 de
Abril de 1974, e decorridos os já 40 anos, já trazíamos as insígnias da
oposição, em que vestidos de uniformes militares, carregados de sinais bélicos
nos braços e cinturas, (armas, cartuxos,
granadas de mão e outros), cada qual invocava no seu interior e, em
silêncio, a convicção de, estarmos despidos das armas e das fardas, e que em
seu lugar, carregados, trouxemos e levamos, flores, pão, frutos e sinais de um
suor árduo.
Este pensamento, faz-nos aliar ao
símbolo de “Os Leões de Madina Mandinga”, porque reforça a nossa atitude, a
força, a coragem e a valentia de tudo enfrentar sem conflitos, mas com um sinal
de fraternidade e amizade.
Que o nosso símbolo, “Leões de
Madina” se fixe sempre naquilo que fomos, e continuaremos a sê-lo na via de
cada dia, marcando sinais humanos de respeito mútuo e coragem, procurando
valorizar o que somos na continuidade da alegria e amizade que nos faz reunir em
cada ano.
Que os nossos passos se firmem
caminhando.
Que nossos olhos se tornem claros, e
torne visíveis o oculto do homem perverso.
Que nossas vozes, cantem falando as
vozes das coisas que sentimos.
Que seja sempre assim, o nosso
testemunho de homens e amigos.
Não pretendo alongar-me, mas apenas
deixar um registo pessoal, dirigindo algumas palavras pobres e soltas, mas com
saudades de todos vós.
Que esta festa, seja sempre uma
festa em qualquer parte ou momento das nossas vidas, e ao despedirmo-nos, os
nossos sorrisos e abraços, sejam sempre com um sentido de fraterna amizade, e
que as nossas vozes se elevem de alegria.
Um Grande Abraço a todos Vós.
José Graça Gaipo – Ponta Delgada,
Açores.
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