Que
as nossas janelas estejam sempre abertas, para que a energia solar alimente os espaços
e os corpos, e o respirar se torne puro e salutar.
Hoje, nesta manhã fria
e gélida de inverno, o sol, apareceu num sinal de melhoria, com a claridade a
penetrar as janelas dos nossos rostos e olhares.
De pé, e ainda estonteados sem o movimento de braços erguidos para o rotineiro
espreguiçar matinal, o corpo ajeita-se adormecido e de rosto franzino para uma
decisão do vestuário apetecível para envergar o corpo, e agasalhá-lo das
intempéries que ocasionalmente possam surgir.
As gavetas ou armários, são também escancarados à luz solar, mostrando os
vestuários, que também parecem escuros e frios, mas a prudência do tacto das
mãos, apuram com facilidade o tecido mais apetecível de conveniência e de
ocasião, para iniciar um novo dia, com uma bebida quente, os tradicionais,
chocolate matinal, seguido de um café confortante como que, remédio activo,
para despertar para um bate papo, ou alimentar a primeira leitura do jornal
diário, cheio de novidades e atrocidades que a imprensa local captou, enquanto,
o sono e o sonhar de cada um, tranquilizava a alternância das emoções.
O dia-a-dia, é sempre diferente em muitas facetas do dia, como são nos Açores, onde vulgarmente as estações repetem-se, mas nada faz esmorecer, porque
na vanguarda aparecem projectos, com um inesperado telefonema de um amigo de
que, há muita pareceu esquecido, justificando na relação e conversa, um
descuido ou falta de tempo em ocasião determinada.
A conversa começa tão apetecível, que o crescente falatório quer
descortinar tantas coisas acontecidas de ambas as partes, mas cada um quase
interrompe para não perder o fio à meada, e para que nada falhe, onde o
reportório não se esgota, apelando a novos encontros e momentos oportunos para
que tudo fique em dia.
Isto acontece, e é sempre bom, quando inesperadamente do outro lado da
linha, um som em tempo diferente e na distância desperta a curiosidade.
A conversa surge com a expressão, eh!... Há tanto, que este som não
ouvia, estava longe desta surpresa amiga. Aqui surgem uma onda de novidades, trocam-se
mensagens, ideias, projectos, o dia-a-dia nos afazeres, e assim se prolongam
tantas conversas, que terminam sempre num compromisso novo, numa despedida
salutar de abraço comum e de até breve.
Ponta Delgada, 19 de Janeiro 2017
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