quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Memória


Pedro  Marques Ferreira dos Santos
30 Nov.1951
23 Set.  2018
          

         R.I.P
Requiescat in Pace
        Descansa em Paz
  
A vida humana, é um quadro que se pinta a cada dia, pincelando variados tons de acordo com a visão das coisas, e do tempo que comanda o batimento métrico do coração, ao descrever uma oração interior, espontânea e desconhecida de quem nos rodeia no quotidiano. Com o pincel da oração, usamos na grande tela, a aguarela da fé, colocando na moldura, o colorido da ternura da vida, que preenche no vazio intemporal da dor, da fadiga, da impaciência inquietante sofredora, uma nova a esperança para o renascer de coisas novas, tornando-a na mais bela arte do museu da eternidade.
A PALAVRA, esta falta a todos nos momentos tristes e gélidos, porque a palavra, é a mais bela e preciosa coisa que existe na humanidade, porque ela, é a comunicação.
A palavra, quer na longa ou curta distância, faz-nos comunicar através dos sons que emitimos para com os outros que nos escutam do outro lado da linha, e no imaginário, que sem nos verem, fixam atentos os sentidos, porque os sons da voz, da visão, do ouvir, e sentir, são o comunicar, e estes gestos terminam, quando o coração deixa de bater o ritmo da vida de todo e qualquer vivente, morrendo com ele, a palavra e a comunicação de boca cerrada e sem  expressão.
Um coração florido de ternura, quebrou-se com o parar do teu, para iniciares uma nova e eterna saudade, porque a morte, é uma pétala que se solta da flor e deixa para sempre uma eterna saudade nos nossos corações que marcaram amizades.
NAS TUAS MÃOS SENHOR, ENTREGO O MEU ESPÍRITO
Abre nossos ouvidos Deus de quem tocamos as margens do lado de cá das fronteiras da palavra, as linhas contrárias;
Abre os nossos ouvidos aos corredores de vozes que nos atravessam (...) e livra-nos do mal absoluto que é não haver ninguém que nos responda.
Deus nas fronteiras deste mundo Deus que cruzamos como as sombras, dá-nos um corpo de desejo, e um ouvido de começo, fica connosco Deus que passas e nossas mãos te larguem, Deus confundido com a sede, e as palavras que dizemos. Vem alterar o nosso corpo, vem confundir a nossa fome, Deus da palavra, flor do vento, manhã que vem em Jesus Cristo.
Dê-te prazer o nosso canto,
Deus das manhãs azuis e rosa, que o nosso corpo te anuncie qual fonte, rio ou chaga aberta, que nossas mãos persigam o teu passar escondido. 
Deus invisível para os olhos, palavra solta, luz que passa, é neste tempo que dizemos o claro-escuro do teu nome, onde é secreta a tua face e o teu passar adivinhado.
Tudo o que nos resta são memórias, imagens, objectos, que nos fazem lembrar o passado, porque o presente é ver-te partir, dizendo-te um adeus eterno, e com fé, acreditar, que a morte é a passagem para a Ressurreição, e que o amigo Pedro Marques Ferreira dos Santos, está com Deus na eterna glória do paraíso.
Resta-nos com serenidade rezar, dizendo:
Dai-lhes Senhor, o eterno descanso, entre os esplendores da luz perpétua, que a sua alma descanse em paz.
Nas tuas mãos, te entregamos oh Deus o seu espírito, acolhendo o seu corpo, na paz.
Sintamos saudade profunda de quem a vida levou, e permaneça para sempre nos nossos corações.
Esta saudade amiga nunca irá embora, porque o que nos liga é eterno. AMEN
Amigos de Madina Mandinga
José Graça Gaipo – Ponta Delgada Açores
 
O funeral realizou-se no dia 26-09-2018, com cerimónia religiosa na Igreja de São Domingos de Benfica, em Lisboa, onde nasceu, indo depois a sepultar no cemitério de Santa Iria de Azóia.  A família de Madina Mandinga fez-se representar pelo Monteiro (Manhiça) e o Costa os quais apresentaram sentidas condolências à sua esposa e aos seus dois filhos.  

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