terça-feira, 30 de dezembro de 2014

bom ano novo 2015

Mensagem de Ano Novo


Caros Amigos,
Eis-nos chegados ao final de mais um ano
atribulado de dificuldades a todos os níveis.
Embora os tempos fossem difíceis no decorrer de 2014,
não é motivo de desânimo, mas de Esperança e de confiança
para  que, todos, façamos das coisas velhas, coisas novas.
A penumbra da tarde desce lenta,
e caem sombras da noite sobre a terra.
Vós, Senhor, sois o sol da Vida, e Luz sem ocaso.
Que o Novo Ano,
transborde um novo dia de sol e de luz.
Que alente os corações da humanidade,
na Paz, na Saúde e na Alegria de viver cada dia.
Que o Novo Ano de 2015 que em breve nos espreita,
Seja motivo de fé e de clareza em todos os nossos actos.
Que Deus Pai, ilumine nossos sentidos.
Modere a nossa língua,
afastando a maldade dos homens.
Não nos manche a mentira,
nem o erro, nem palavras.
mas faça de nós pastores de mensagens, e de palavras,
que, afastem a ostentação e a discórdia humana.
Que 2015, seja para todos, um coração novo,
sempre aberto a receber o sol infinito
que ilumina a terra inteira.
Que seja sempre assim,
cada tempo e cada dia de 2015.

Feliz Ano Novo,
cheio das melhores prosperidades familiares,
são os votos de
José Graça Gaipo
Famalicão, Dezembro de 2014

domingo, 21 de dezembro de 2014

SANTO E FELIZ NATAL

CAMARIGOS de MADINA MANDINGA


Um Santo e Feliz Natal para todos vós e para as vossas famílias.

Peço a Deus que no ano que ora vai entrar, Ele indique e ilumine o caminho certo onde
podereis encontrar os ingredientes necessários para que cada minuto das vossas 
vidas se torne mais colorido e cheio de felicidades.

Monteiro
um abraço.

NATAL/DEZº 2014



No Natal,
a ternura de Deus.

Que o anúncio da ternura de Deus Menino
torne o nosso olhar num astro cadente
onde,
toda a vida do homem se envolva e se faça nova luz.
Que o clarão da sua Luz Divina,
faça brilhar nos rostos,
uma imagem,
que reflita a Saúde, a alegria e a Paz.

Que as famílias, no descortinar do
Gloria in Excelsis Deo,
sejam iluminadas em ordem à harmonia,
e abençoadas em tom de festa natalícia.
Que a envolvência dos tons e sons coloridos
das velas e luzes acesas,
se transforme em momentos de felicidade e ternura calorosa.

Que Deus,
autor da luz e das esferas celestes,
refresque a terra e alimente-a
com a chuva das nuvens e os orvalhos da aurora.
Que as sombras da noite se dissipam,
e o sol, acorde quem dorme.

Que este Natal de 2014,
seja uma contínua descoberta  de cada um,
e que os presentes natalícios,
sejam surpresas de aproximação, e com sentido de reconciliação,
onde o passado e todo o seu negativismo de vida,
abra novos horizontes
onde os sorrisos se acolham, e se espelhem em outros sorrisos.
Em ordem da Paz e do amor.

Que o soar das palavras de,
Boas Festas e feliz Ano Novo,
se torne um cartaz de renovação, e um cabaz de coisas novas,
onde o abraço festivo, se faça presente de partilha familiar.

A todos os AMIGOS “Madina Mandinga” e seus familiares
Votos de Feliz Natal, repleto das maiores bênçãos divinas.

José Graça Gaipo
Famalicão, 21 de Dezº 2014

Nota: O Anuncio do anjo, é uma parte do meu presépio deste ano de 2014

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

RECADOS 2

Camarigos, aproveito este intervalo, entre vídeos, para vos lembrar que eu escrevo, porque as MEMÓRIAS são a carteira da velhice e eu quero enche-la. Não me importo com quem não lê, importo-me sim com os que lêem e gostam, mas tenho a esperança de alcança-los, porque eu sei esperar e o tempo abre-me portas.
Fiquem bem,
um abraço do
Monteiro ( manhiça )

PS- brevemente será emitido o video nº3.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

RECADOS

Camarigos, houve momentos perfeitos nas nossas vidas em Madina que passaram mas que não se perderam, porque ficaram nas nossas vidas e nas nossas lembranças. Por isso eu escrevo e faço vídeos com fotos, para lembrar e recordar Madina. Um abraço e até breve.
Fiquem bem.
Monteiro (manhiça)
P.S.-- muito proximamente será postado o video nº2.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

RECORDAÇÕES

Olá Camarigos, família de Madina.
Aqui estou eu em mais um dia de saudade e nostalgia pelos tempos idos da nossa juventude, difíceis? Sim, mas de uma sã camaradagem e amizade.
Tempos esses que neste entrar do Outono das nossas vidas, vão povoando as nossas memórias e são companhia em tardes de calmaria.
Olho as fotos da nossa passagem por Madina e que vejo? Rapazinhos, alguns ainda imberbes, que no melhor da sua juventude ali foram parar e fazerem uma coisa que para a maior parte de nós não fazia ideia do que se passava. Mas enfim, era a sina dos rapazes de antanho que aos 18 anos já tinham o destino traçado, ida para a vida militar.
Camarigos, mas mesmo assim e dissipando os medos que nos acometia, tínhamos uma vida cheia de alegria, pois qualquer motivo era ocasião para comemorar e festejar e esses festejos eram sinónimo de grandes e fortes "pielas", regadas com whisky ou umas cervejolas. Fosse uma vinda de férias à dita "Metrópole", fosse um aniversário de um camarada, logo se bebia. Era uma tainada feita por um camarigo mais afoito na cozinha para preparar um cabrito, que horas antes tinha sido surripiado a algum pastor (mais tarde o Capitão pagava, e onde muitas das vezes era convidado para o repasto do dito roubado e sabiamente cozinhado).
Era uma festa na messe onde saía sempre uma rodada de cantorias, tão bem cantadas e tocadas pelo nosso querido Gaipo e onde eram melhor regadas a CHIVAS ou OLD PARR, mas muito contestadas pelo grupo dos magnórios, (Monteiro, Fernando e o Silva) que tão sabiamente e apropriadamente tiveram o nome dado pelo saudoso e finado TIBRITO. Para finalizarem havia sempre 2 fadistas, um o TIBRITO e outro o Capitão a cantar o embuçado, e sempre contestados pela Troika do Porto.
As lembranças levam-me até NOVA LAMEGO, "cidade" onde dávamos largas a tudo o que podíamos, pois também era terra de diversão e para alguns, mas poucos de "pacado", era a força da juventude, pois tínhamos 20 e poucos anos, era a compra de recordações para as pessoas amadas, enfim era uma maneira de nos sentirmos gente.
Os livros que lá lemos, as cartas que escrevemos, os jornais antigos de semanas, o correio que era recebido com sofreguidão, saudade e acima de tudo com amor, porque para muitos de nós eram cartas da mulher amada onde se trocavam juras de amor, onde tinham sido derramadas lágrimas de saudade e amor e que para nós, os apaixonados, eram o elixir da força e perseverança para aguentar a hora do retorno ao seio dos nossos queridos e para os braços da mulher amada.
Foram meses e meses a ver o pesadelo da distância que nos separava das nossas terras mas que era colmatado com a amizade e companheirismo de toda a Companhia. Ficaram mazelas, mas a amizade ficou e cada ano que passa ela se fortalece com os nossos encontros e que Deus permita que sejam por muitos anos.
Camarigos, por hoje é tudo e só agradeço a vossa paciência para aturar e ler os escritos/desabafos dum "velho" que à falta de melhor põe-se a escrever, lamurias e recordações.
Fiquem bem e um bem hajam
Monteiro, ( Manhiça ).

domingo, 14 de setembro de 2014

Há 41 Anos

Camarigos, amigos de Madina, hoje é dia de recordarmos o nosso baptismo de fogo.
Seriam mais ou menos 10,40 horas da noite quando os rebentamentos e explosões eram mais de  muitos. Estávamos todos junto à vala e foi num ápice que foi dada resposta ao ataque do IN. A angústia, e porque  não dizer o "medo" era muita. Nós Periquitos com 2 meses de Guiné e há 4 dias sozinhos, tivemos a melhor das reações e o IN não teve muita sorte, pois a nossa prontidão foi das melhores.
Foi uma acção que só veio fortalecer a nossa união, pois a partir desse momento sentimos verdadeiramente o que é ser IRMÃOS DE ARMAS, pois conseguiu que a nossa amizade fosse eterna.
Este é apenas e só um pequeno apontamento para nós todos recordarmos o que foi a nossa vivência em terras Africanas
Um bem hajam e fiquem bem
Um abraço
Monteiro ( Manhiça ).

sábado, 9 de agosto de 2014

RECORDAÇÕES - CUMERÉ 1973

"O tempo passa, só não leva o que os nossos corações guarda"
Faz este mês de Agosto 41 anos, em que por estes dias, já tínhamos quase um mês de Guiné. Éramos uns "Piriquitos" na gíria militar.
Tudo se passou tão rápido que volvidos todos estes anos, há coisas que ainda hoje pensamos como eram possíveis. Não sei, talvez a nossa juventude a isso nos induzia.
Por estas alturas, estávamos a fazer o I A O. Começávamos a conhecer as gentes da Guiné, os seus costumes, o seu clima, enfim o espírito de guerra começava a entranhar-se em nós.
Os dias eram passados em instrução e aos fins de semana era um ver se te avias para arranjar boleia o mais cedo possível até Bissau, para aí sim desfrutar de todos os prazeres que se nos ofereciam e que passavam por vários itens.
 Por toda a cidade de Bissau só se viam rapazinhos branquinhos e com os camuflados ainda a cheirar a novo. Era só água de colónia e perfumes pacholi, visto que era o que de melhor tínhamos para pensar que não estávamos lá.
Por todo o lado eram só grupos e mais grupos, amigos e conhecidos, piriquitos e velhinhos, aramistas e operacionais. Eram invejas com o pessoal do ar condicionado e os andarilhos dos que só sabiam conviver com as micoses e os mosquitos. Os janotas que só sabiam da guerra pelos boletins informativos, mas passados momentos e após umas Bazucas (cervejas) acompanhadas de camarões e ostras, tudo passava.
Avenida principal de Bissau - 1973
A vinda até Bissau, também tinha outro ritual ou seja, a iniciação ao bairro da má fama PILÃO, local de prazeres fugazes, onde o maralhal ia descarregar toda a sua energia e testarona que a pujança da nossa juventude nos apoquentava e afligia.
Antes do anoitecer os restaurantes e cafés voltavam a encher-se de pessoal, pois se os prazeres carnais estavam saciados, os emocionais só com os vapores etílicos de umas cervejolas ou um vinhito se dissipavam e atenuavam. Aí sim a alegria e camaradagem tudo dava lugar às festas e brincadeiras inerentes à nossa juventude.
Há episódios que nos marcaram e então este pobre escrita tem um passado, na primeira pessoa, que é hilariante.
Estava eu, um fim de tarde, sentado num passeio lá no Cumeré, fumando um cigarro fiel companheiro de tantas horas e angústias, com o pensamento na mulher amada e no querido filho, sentindo as lágrimas rolando pelo rosto, provando o doce salgado da saudade, quando reparo num soldado que vem em minha direção. Perante mim, pergunta-me como estou, ao que lhe respondo que, dentro das circunstâncias, lá vou indo. Faço-lhe a mesma pergunta e ele diz-me que está bem, mas tem muitas saudades. Respondo-lhe que também sofro do mesmo e ele pergunta: oh furriel então  quanto tempo tem de Guiné? Eu, pensei lá para com os meus botões, lá vem este gajo dar baile, mas lá lhe disse, meio envergonhado que tinha quase um mês. Ele surpreso disse: um mês.... Eu perguntei e você pá, quanto tempo tem? Ele corou e respondeu: oh furriel, eu tenho duas horas de Guiné. Bem! penso que na tropa nunca me senti tão importante. Eu um piriquito, tinha perante mim um ainda mais pira. Fiquei todo inchado com a minha velhice.
Neste mês de Agosto no Cumeré, tudo se passou. Vi trovoadas que nunca pensei que pudessem existir. Vi as nossas roupas ficarem todas encharcadas e passado algumas horas já estavam secas com um calor ofegante. Vi bebedeiras que eram de arrasar qualquer um. Vi mosquitos a chatearem a todo o momento, apesar dos célebres mosquiteiros (em Madina já não havia essa praga). Enfim lá se passou o nosso primeiro mês na Guiné.
Fiquem bem, um bem hajam
Monteiro ( manhiça )

sábado, 12 de julho de 2014

DIAS MARCANTES NA NOSSA VIDA MILITAR

Um dia destes ao consultar o nosso calendário do mês de Julho deparei-me com duas datas importantes ali assinaladas: o dia 6 e o dia 13.
Corria o ano de 1973, já passaram 41 anos, e todos nós combatentes da 1ª Cart já vestíamos a farda militar. A última semana de Junho e os primeiros dias de Julho de 1973 foram passados junto dos nossos familiares, a gozar os dez dias de licença que eram sempre concedidos a quem embarcava para o ultramar.
No dia 5 de Julho todo o nosso Batalhão já estava concentrado em Penafiel para os últimos preparativos. Depois da celebração de uma missa e do desfile pela cidade de Penafiel tomamos o comboio, durante a noite, com destino a Lisboa.
O dia 6 de Julho de 1973 não esqueceremos nunca. A dor de deixar os nossos ente queridos e o futuro incerto que nos esperava.
No cais de Alcântara o nosso furriel Quinito na despedida
 Muitos de nós quisemos os nosso familiares ali por perto para a despedida. Outros preferiram ficar sozinhos naquela hora da partida. No meu caso pessoal nem aos meus pais disse que iria partir rumo à Guiné. Alguém depois iria conversar com eles.  
A outra data assinalada no calendário foi a chegada ao território da Guiné.  
Na madrugada do dia 13 de Julho de 1973, depois de um piloto local ter tomado o comando do navio Niassa, entramos nas águas calmas e barrentas do rio Geba, sempre escoltados por uma pequena embarcação da marinha.
Debaixo de um sol tórrido e de temperaturas elevadíssimas, ficamos algumas horas ao largo do porto de Bissau a aguardar o transbordo para uma LDG que nos traria até ao cais. Não esqueço as coca  colas, em lata da USA, que se beberam no interior da embarcação de guerra. 
Finalmente pelas 13H15 pisamos a terra da Guiné
Depois do nosso encontro/convívio deste ano em Leiria, onde tudo o que se passou em Madina  Mandinga vem à conversa, aqui ficam estas duas datas para relembrar.
António Costa       

quarta-feira, 2 de julho de 2014

CONVÍVIO 2014 - A PALAVRA DO MONTEIRO

O grupo de Madinas no convívio de 2014


Olá companheiros;
Mais um convívio da família de Madina Mandinga, a 1ª Cart do Bart 6523. Camarigos, senhoras e amigos convidados, é uma alegria estarmos novamente  juntos, mesmo com muitas ausências, mas para os presentes o nosso obrigado, pois em vós, nós, eu e o chefe Costa, vemos que vale a pena continuarmos, mesmo lutando contra todas as vicissitudes que se nos vão deparando ao longo do tempo, vale o esforço.
Camarigos, quero antes que me alongue nas minhas palavras, deixar um momento de saudade e pesar por todos os camarigos que já partiram e em particular ao nosso Homem grande da tabanca de Madina, o nosso régulo e 2º chefe, o nosso Tibrito. Sim, ele partiu, mas independentemente de se gostar ou não, de ter ou não gratidão com ele, penso eu e de certeza que a maioria de vocês também, foi um grande homem, e grande parte da boa vida que lá tivemos a ele se deveu ,assim como a si Capitão, pois ele foi o amigo, o pai, o chefe, o companheiro, enfim estava sempre ao nosso lado. Para ti Fernando Brito, serás sempre o nosso tibrito, estejas onde estiveres, pedimos a Deus que com a luz da sua chama eterna te ilumine para o sempre. E aqui peço uma salva de palmas em memória do Tibrito.
Bem, olhando para a composição da nossa festa, quero dizer-vos que está a tornar-se um pouco difícil mantermos o sorteio nos moldes habituais. Porquê! perguntam vocês e muito bem. É que deixamos de ter a oferta de uma bicicleta do Machado, como anteriormente acontecia, e por isso já não podemos passar as rifas a 5 euros. Sendo assim temos de fazer um sorteio mais simbólico, a 2 euros, e que tem como prémio uma caixa de vinho do Porto.
Tendo nós, em anos anteriores, um encaixe de mais ou menos 500 euros devido ao sorteio, este ano teremos 200 euros. Gastando nós em envio de correio só para comunicar o almoço 50 euros, ficamos com 150 euros para dar uma lembrança. Terá de ser muito simbólica, pois não temos capital. Esperamos nós que em anos vindouros a coisa se componha e possamos voltar a ser diferentes de todos.
Camarigos, depois desta explicação que vos era devida, queremos expressar o nosso obrigado pela vossa presença, porque é sempre uma alegria ver-vos e bem como às vossas famílias
Caros companheiros e camarigos, queremos que no fim deste convívio, nós sintamos que vale apena o nosso empenho e o nosso esforço, porque queremos ver estampado nos vossos rostos a satisfação e alegria que vos foi proporcionada neste nosso encontro e assim sentirmos que vale a pena um esforço da nossa parte para que, ano após ano se efectue o nosso convívio, e sentir que de vós desde Madina eu:
RECEBI MAIS DO QUE DEI;
TIVE MAIS DO QUE MERECI;
APRENDI MAIS DO QUE ENSINEI.
Camarigos, um obrigado e bem hajam pela vossa presença.
Até para o ano se Deus quiser.
Monteiro (28/6/2014)

segunda-feira, 23 de junho de 2014

40º Aniversário dos Amigos de Madina Mandinga


Caros amigos
Recordar no presente ano de 2014, os factos e acontecimentos ocorridos no decurso de 40 anos, é um longo caminho, em que a linha do horizonte das nossas memórias, nunca esquecerá.
Lentamente o sol se apaga nos campos, montes e mares, mas deixa-nos a promessa de renascer cada dia.
Nestes tempos de crise, de dificuldades de ordem vária, a divina providência que tanto regula as sombras como a luz dos tempos vários, decerto que, nos encherá a todos e cada um em particular, com a luz da fé e da esperança de tempos melhores, onde a esperança brilhará como sol infinito do espaço.
A nossa festa, é sempre um tempo novo, onde cada um espelha no presente, o passado, e ele ”passado”, é uma página do nosso ser pessoal, é um rosto que vai amadurecendo a visão dos nossos sentimentos e afectos que foram escritos em tempos vários.
A nossa festa, é um colar de 40 pedras preciosas, pintadas da forma e cor que cada um desenhou no seu imaginário. Cada pedra tem um tom e uma sonoridade tímbrica especial, que o coração depositou para a sua conjectura final.
Que este colar, continue o ciclo da vida, da alegria e da amizade fraterna que depositamos em cada um, que são os outros, que formam o nosso círculo.
Que o tempo não empobreça nem apague com a sua sombra, o resto do calor solar que sobra ao nosso número.
Aos que já partiram, faz longo tempo, para a ala da paz, não esqueçamos um momento de silêncio em memória daquele que nos deixou recentemente, tendo na certeza da fé que cada um foi instruído, acreditar que ele “Tio Brito”, também estará a regozijar, este momento tão especial. Que a alegria dele, a sua disposição, permaneça sempre viva no grupo que, hoje celebra mais um encontro com o número que somos e estamos no presente.
Invocar a nossa atitude de crentes e das nossas personalidades, é tempo de recordar e de afirmar que antes do 25 de Abril de 1974, e decorridos os já 40 anos, já trazíamos as insígnias da oposição, em que vestidos de uniformes militares, carregados de sinais bélicos nos braços e cinturas, (armas, cartuxos, granadas de mão e outros), cada qual invocava no seu interior e, em silêncio, a convicção de, estarmos despidos das armas e das fardas, e que em seu lugar, carregados, trouxemos e levamos, flores, pão, frutos e sinais de um suor árduo.
Este pensamento, faz-nos aliar ao símbolo de “Os Leões de Madina Mandinga”, porque reforça a nossa atitude, a força, a coragem e a valentia de tudo enfrentar sem conflitos, mas com um sinal de fraternidade e amizade.
Que o nosso símbolo, “Leões de Madina” se fixe sempre naquilo que fomos, e continuaremos a sê-lo na via de cada dia, marcando sinais humanos de respeito mútuo e coragem, procurando valorizar o que somos na continuidade da alegria e amizade que nos faz reunir em cada ano.
Que os nossos passos se firmem caminhando.
Que nossos olhos se tornem claros, e torne visíveis o oculto do homem perverso.
Que nossas vozes, cantem falando as vozes das coisas que sentimos.
Que seja sempre assim, o nosso testemunho de homens e amigos.
Não pretendo alongar-me, mas apenas deixar um registo pessoal, dirigindo algumas palavras pobres e soltas, mas com saudades de todos vós.
Que esta festa, seja sempre uma festa em qualquer parte ou momento das nossas vidas, e ao despedirmo-nos, os nossos sorrisos e abraços, sejam sempre com um sentido de fraterna amizade, e que as nossas vozes se elevem de alegria.
Um Grande Abraço a todos Vós.
José Graça Gaipo – Ponta Delgada, Açores.