segunda-feira, 23 de junho de 2014

40º Aniversário dos Amigos de Madina Mandinga


Caros amigos
Recordar no presente ano de 2014, os factos e acontecimentos ocorridos no decurso de 40 anos, é um longo caminho, em que a linha do horizonte das nossas memórias, nunca esquecerá.
Lentamente o sol se apaga nos campos, montes e mares, mas deixa-nos a promessa de renascer cada dia.
Nestes tempos de crise, de dificuldades de ordem vária, a divina providência que tanto regula as sombras como a luz dos tempos vários, decerto que, nos encherá a todos e cada um em particular, com a luz da fé e da esperança de tempos melhores, onde a esperança brilhará como sol infinito do espaço.
A nossa festa, é sempre um tempo novo, onde cada um espelha no presente, o passado, e ele ”passado”, é uma página do nosso ser pessoal, é um rosto que vai amadurecendo a visão dos nossos sentimentos e afectos que foram escritos em tempos vários.
A nossa festa, é um colar de 40 pedras preciosas, pintadas da forma e cor que cada um desenhou no seu imaginário. Cada pedra tem um tom e uma sonoridade tímbrica especial, que o coração depositou para a sua conjectura final.
Que este colar, continue o ciclo da vida, da alegria e da amizade fraterna que depositamos em cada um, que são os outros, que formam o nosso círculo.
Que o tempo não empobreça nem apague com a sua sombra, o resto do calor solar que sobra ao nosso número.
Aos que já partiram, faz longo tempo, para a ala da paz, não esqueçamos um momento de silêncio em memória daquele que nos deixou recentemente, tendo na certeza da fé que cada um foi instruído, acreditar que ele “Tio Brito”, também estará a regozijar, este momento tão especial. Que a alegria dele, a sua disposição, permaneça sempre viva no grupo que, hoje celebra mais um encontro com o número que somos e estamos no presente.
Invocar a nossa atitude de crentes e das nossas personalidades, é tempo de recordar e de afirmar que antes do 25 de Abril de 1974, e decorridos os já 40 anos, já trazíamos as insígnias da oposição, em que vestidos de uniformes militares, carregados de sinais bélicos nos braços e cinturas, (armas, cartuxos, granadas de mão e outros), cada qual invocava no seu interior e, em silêncio, a convicção de, estarmos despidos das armas e das fardas, e que em seu lugar, carregados, trouxemos e levamos, flores, pão, frutos e sinais de um suor árduo.
Este pensamento, faz-nos aliar ao símbolo de “Os Leões de Madina Mandinga”, porque reforça a nossa atitude, a força, a coragem e a valentia de tudo enfrentar sem conflitos, mas com um sinal de fraternidade e amizade.
Que o nosso símbolo, “Leões de Madina” se fixe sempre naquilo que fomos, e continuaremos a sê-lo na via de cada dia, marcando sinais humanos de respeito mútuo e coragem, procurando valorizar o que somos na continuidade da alegria e amizade que nos faz reunir em cada ano.
Que os nossos passos se firmem caminhando.
Que nossos olhos se tornem claros, e torne visíveis o oculto do homem perverso.
Que nossas vozes, cantem falando as vozes das coisas que sentimos.
Que seja sempre assim, o nosso testemunho de homens e amigos.
Não pretendo alongar-me, mas apenas deixar um registo pessoal, dirigindo algumas palavras pobres e soltas, mas com saudades de todos vós.
Que esta festa, seja sempre uma festa em qualquer parte ou momento das nossas vidas, e ao despedirmo-nos, os nossos sorrisos e abraços, sejam sempre com um sentido de fraterna amizade, e que as nossas vozes se elevem de alegria.
Um Grande Abraço a todos Vós.
José Graça Gaipo – Ponta Delgada, Açores.

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