sábado, 15 de junho de 2019

Biografia - José Luís Borges Rodrigues

IN MEMORIA –
 QUEM FOI ?!.....
José Luís Borges Rodrigues
Nasceu em 10 de Janeiro de 1948, na maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa.
Filho primogénito de Luís Emílio Rodrigues e de Ema Borges Rodrigues.
Seus pais, oriundos do concelho de Caminha, Vila Praia de Âncora, Norte de Portugal, vieram residir em Lisboa, na Av. Manuel da Maia - Lisboa.
Seu pai, constituiu-se empresário das fábricas de iogurtes - Veneza e Bom Dia, com sede na Rua de Poços Negros, em Lisboa.
Na sua infância, José Luís Borges Rodrigues, frequentou o Colégio S. João Deus, em Lisboa, onde fez todo o seu percurso escolar como aluno distinto, até ao ingresso em engenharia no Instituto Superior Técnico de Lisboa.
Ingressou, no ensino universitário, do Instituto Superior Técnico, na área de engenharia Química e Laboratório, curso este, que ao 3º. ano teve de interromper por motivos imperiosos, para o cumprimento de serviço militar obrigatório, no período de 1971 a 1974.
Na sua vida militar obrigatória, iniciou a recruta em Mafra, e dada a alta classificação militar obtida, foi para Luanda, Angola, onde realizou estágio militar.
Após a sua graduação de, Alferes para Tenente Miliciano, foi colocado em Penafiel – Quartel de Artilharia 5 - aquando da formação de batalhão de artilharia e com destino à província da Guiné.
Depois de graduado na patente de capitão miliciano para comandar a 1ª. companhia do BART 6523, (Batalhão de Artilharia), embarcou com as suas tropas em Lisboa, no Navio Paquete -  Niassa, na data de 6 de Julho de 1973.
Com a queda do regime, no 25 de Abril, regressou da Guiné em finais de Setembro, depois de concluídas todas as formalidades obrigatórias e exigíveis e relativas às suas responsabilidades militares (liquidatária).
Na passagem à sua vida civil, trabalhou na Fábrica iogurte Veneza, empresa familiar, tendo à sua responsabilidade a área de laboratório e análises de produtos lácteos, bem como toda a parte administrativa, e a responsabilidade de mercado comercial e comunicação empresarial.
Com as crises pós 25 de Abril, as empresas começaram a ser ameaçadas pelos trabalhadores na relação de empregados e patrões, e que o bom senso, obrigou a novas alterações estatutárias na constituição de nova empresa e sociedade, que mais tarde, e após uma boa avaliação, foi na sua agregação a outra congénere, vendida.
Conhecida a eficiente relação empresarial e comercial, José Luís, foi então convidado por empresas de frio e de renome em Portugal, sendo destacado como principal responsável, sendo-lhe atribuída residência própria e efectiva, em Santarém, empresa da qual serviu bons anos, e se aposentou aos 65 anos de idade.
Gozava da sua aposentação, residindo em Santarém até à data do seu falecimento, ocorrido em 30 de Maio de 2019, com a idade de 71 anos.
Foi casado e teve filhos, entre os quais o Filipe e o Bernardo Rodrigues.
Na sua vida cívica e social, com facilidade fazia amizades, independentemente dos graus ou níveis sociais ou culturais, procurando sempre ajudar os outros na resolução de problemas e dificuldades.
No cumprimento do serviço militar, na Guiné, o seu lema e ideal, era o compromisso de trazer todos os seus homens de regresso, e entregá-los sãos e salvos às suas famílias.
Era sua preocupação diária o estado de saúde, e que a todos não faltasse o pão de cada dia, mesmo que fosse na sua forma simples.
A todos compensava com uma merenda, e do seu próprio bolso, quando regressados dos patrulhamentos relativo às áreas onde estavam sedeados em Madina Mandinga.
Era alegre, afável, sempre pronto ao convívio e ao canto. Era um verdadeiro apreciador do fado e de forma especial, aqueles que lhe transmitiam sentimentos afectivos.
No desporto, o seu favorito era o Sporting Clube de Portugal, de que foi sempre sócio.
Falar no e do Sporting, era ouvi-lo transmitir factos históricos, onde o seu olhar alegre de sorriso simples, nunca fazendo juízes de valor quando perdia ou ganhava.
Muitas coisas boas, ficaram recordadas na memória de quem com ele conviveu, e que merecem um agradecimento bem sentido e valorado.
A todos e em todos, fez amigos uns dos outros, e ainda hoje, esta mesma amizade, persiste.
Foi um cristão carregado de caridade nas suas acções terrenas, procurando sempre o bem dos outros, não discutindo na praça pública os seus sofrimentos relativos aos seus pertences ou heranças nunca gozadas nem requeridas, mas procurou sempre satisfazer-se com o pouco do muito que poderia usufruir, e que nunca lhe passou pelas mãos.
Finalmente, morreu simples, humilde e pobre, e o Senhor Deus, acolheu-o também com a simplicidade do seu sentimento humano e, de coração aberto para receber a paz espiritual.
O seu corpo, repousou em câmara ardente na igreja Paroquial da Portela, Lisboa, sendo depois cremado, no dia 1 de Junho de 2019.
No seu funeral a “Família de Madina Mandinga” estava lá e bem representada pelo Manuel Monteiro e ainda por outros Madinas que tiveram conhecimento, como o Baptista, o Brandão, o Fernando Santos, o Freitas (bagabaga), o Barbosa.
Que o Senhor lhe dê a Paz eterna e a glória merecida.
José Graça Gaipo

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